terça-feira, 30 de julho de 2013

O Grande Inverno da Rússia


Morte Misteriosa do Primeiro Homem a Ir ao
Espaço Pode Ter Sido Solucionada

Maria Luciana Rincon
       O primeiro ser humano a visitar o espaço foi o cosmonauta russo Yuri Gagarin, a bordo da nave Vostok 1, em abril de 1961. Entretanto, Gagarin, depois de se desligar do programa espacial soviético, se tornou um piloto de testes, morrendo em um misterioso acidente envolvendo um caça. O desastre ocorreu alguns anos mais tarde, em 1968, e o fato sempre foi alvo de muita especulação e tema de diversas teorias da conspiração.

       Segundo o site Russia Today, algumas teorias sugeriam que a causa do acidente poderia ter sido falha humana e até um desmaio do piloto, mas novas revelações realizadas por um antigo colega de Gagarin podem pôr um ponto final ao mistério. De acordo com a publicação, Alexey Leonov, também cosmonauta, estava presente no dia do desastre e, 45 anos depois, decidiu falar sobre o que pode ter acontecido.

Segredo de Estado
       Leonov acredita que a passagem de um jato supersônico fez com que Gagarin perdesse completamente o controle da aeronave e espiralasse em direção ao solo. Contudo, a partir da revelação envolvendo a morte do célebre cosmonauta, outros detalhes também acabaram vindo à tona. Gagarin, na verdade, deveria estar pilotando o jato a mais de 1,5 quilômetro de altitude, mas não eram bem essas as circunstâncias.

       Segundo a investigação oficial, mantida em segredo até bem recentemente, o piloto de testes se encontrava bem mais baixo do que deveria, voando extremamente próximo ao solo quando o acidente aconteceu. Esse “detalhe”, caso fosse publicado, poderia causar uma série de constrangimentos ao governo soviético, que teria que explicar a morte de uma celebridade nacional. O relatório oficial declara que o acidente foi ocasionado por uma manobra brusca.

       Provavelmente, foi essa a razão de os detalhes envolvendo a morte de Yuri Gagarin terem sido mantidos em segredo durante todo esse tempo. O próprio Leonov só teve o acesso permitido aos documentos sobre as investigações recentemente, e, entre as revelações feitas por ele, simulações realizadas por computador e a revisão do caso, o mistério parece ter sido finalmente desvendado.

 Gagarin e Lenov

terça-feira, 9 de julho de 2013

Gerador de Improbabilidade Infinita [ON]

               Salve galera,

            Eis-me aqui mais uma vez, neste primeiro semestre foi corrido por isso foram poucas atualizações, agora voltando às atividades normais.

            Para quem não conhece o blog os assuntos são: cultura em geral, nerds, otakus e aleatório. Agora vamos ao que interessa e bem-vindos aos novatos!

            Nas ultimas semanas o mundo entrou em polvorosa ao saber que o presidente norte americano, Barack Obama, estava bisbilhotando os dados alheios da população por lá, tanto que nesse período as vendas do livro 1984 de George Orwell aumentarão em 7000%, agora vem a bomba que ele(s) também estavam
bisbilhotando outros países e um tapa bem dado na cara do nosso Governo, pois as agências de telecomunicações sempre afirmaram que seus sistemas de seguranças eram 100% seguros.

            Pegando carona no assunto disponibilizo para vocês o livro do subversivo Julian Assange, segundo o Governo dos EUA, entre outros que avisaram sobre isso há muitos e muitos anos atrás.
            
 

Sinopse: Cypherpunks: liberdade e o futuro da internet não é um alerta para o futuro, é um alerta para o presente. Neste livro, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, discute com três proeminentes ativistas do mundo digital – Jacob Appelbaum, desenvolvedor do software de criptografia TOR, Andy Müller-Maguhn, porta-voz do grupo hacker Chaos Computer Club, e Jérémie Zimmermann, ativista da ONG La Quadrature du Net – os perigos de um mundo onde os dados privados dos cidadãos são sistematicamente coletados e requisitados para vigilância governamental, colocando em grave risco as liberdades civis e políticas. 
Versão online

terça-feira, 23 de abril de 2013

NUNCA É Um Deles!

O OUTRO LADO DO
ATENTADO DE BOSTON
  
Era Boston, início da tarde de 15 de abril, numa primavera sonolenta e ainda fria, quando dois irmãos saíram de casa. Nas costas carregavam um elemento cada dia mais demonizado pela sociedade americana: mochila. E essa tinha seus perigos. Ela transportava uma bomba. Caseira, rudimentar, de baixo impacto, de fácil feitura, numa panela de pressão. Mas continuava sendo uma bomba. E bombas, de nêutrons ou caseiras, são construídas com o mesmo objetivo. Para matar. Sempre.

Os jornais da cidade de Boston naquela segunda-feira, dia da “segunda maratona do mundo” (a primeira continua sendo a grega) trazem notícias corriqueiras., além do assunto do dia, a maratona . Nas primeiras páginas do jornais de Boston, New York, Washington, Chicago, Miami, nenhuma linha sobre o que acontecera na véspera, domingo, 14 de abril. Naquele dia, 30 pessoas, entre elas oito crianças,foram mortas por um drone* no Afeganistão. A máquina da morte confundiu uma cerimônia de casamento com ato terrorista. Há quem concorde.

São 2h17min da tarde de 15 de abril na bela e culta cidade de Boston. Correrias, sirenes, multidão em polvorosa. A bomba havia explodido. Quatro pessoas são envolvidas em sacos plásticos. Mortas. Outras 160 se espalham pela rua interditada e pelas calçadas. Feridas. Comoção nacional. Não pelo drone que matou 30 pessoas inocentes. Mas pelo “ato terrorista” que matou quatro inocentes, entre eles um garoto e 160 feridos. Um deles, com pernas amputadas.24 horas do atentado, nenhum suspeito. Nada. Nenhuma testemunha mas (as conjunções adversativas sempre mudam a história do mundo), surge a primeira imagem, um primeiro suspeito. Alguém que andava sobre os telhados na hora da maratona.As especulações qual coriscos ensandecidos, riscam os céus de Miami, Chicago, Washington, New York e Boston. “Isso é coisa do Tea Party”, reclamam uns. “Parece que foi ação de quem é contra a alta de impostos”, bradam outros. Ninguém se lembra de que o Congresso dos EUA está, nesse momento, discutindo uma Lei de Migração menos draconiana. A discussão arrepia e traz pesadelos para a extrema direita e seu atual líder, senador pela Flórida, Marco Rúbio. Filho de cubanos fugidos da ilha nos 60.

Quarta-feira, 17 de abril. A câmera de um “anônimo” traz, finalmente, aquilo que mais de 300 milhões de americanos esperavam. A imagem de dois rapazes. Eles e suas e suas mochilas. Os dois próximo à lixeira onde a bomba fora deixada.

Ainda é 17 de abril. A voz da âncora da Fox News ecoa pelos ares de um país em pânico. Mas, antes de qualquer pronunciamento oficial, a âncora da Fox News canal de televisão de Rupert Murdoch (a mesma que se recusou a acreditar na reeleição de Obama) deixa escapar o cheiro da panela. Um cheiro de Islam servido num samovar.
 
17 de abril, em Boston, a câmera com imagem dos dois irmãos, de nomes impronunciáveis no Ocidente, se junta a outras câmeras. A CIA entra em ação para ampliar as imagens que mais a interessavam A dos dois irmãos. A Polícia de Boston nega ter feito a captura de qualquer suspeito.Já é quinta-feira, 18 de abril. CNN, com seu noticiário desbotado e Fox News exigindo vingança passam a centralizar o noticiário na busca dos “terroristas”. Às nove da noite desse dia, as imagens dos dois irmãos surge nas telas das redes sociais com a tarja “Wanted” (Procurados). A mesma tarja utilizada na colonização da costa Oeste do país para encontrar pistoleiros ou ladrões de gado, de banco… Ainda é quinta-feira. Dez da noite. O lado Leste dos EUA já se entregou ao sono. A sociedade estadunidense dorme cedo. Mantém até hoje hábitos rurais, com algumas exceções. Na Fox News, uma voz embargada de emoção anuncia que uma loja de conveniências foi assaltada. Eram os dois irmãos. Eles também fizeram um refém, o dono de uma Mercedes SUV (Sport Utility Vehicule), um jeep possante. O refém escapa enquanto os irmãos assaltam a loja. Nem o FBI, nem a CIA, nem a Polícia de Boston mostra a loja do assalto e muito menos o cidadão sequestrado.

A partir daí, a tarja “Wanted” pode ser substituída pela tarja “Fiction”. Ou, acredite, se quiser. Porque, nessa tragédia, com cinco mortos (os quatro pela bomba e um dos irmãos pela polícia) a verdade de substantivo abstrato, torna-se substantivo volátil.10h30min da noite de quinta-feira, os dois irmãos, mesmo num carro possante, não tinham se afastado tanto do local do sequestro seguido de roubo. A Polícia cerca o carro. Uma câmera imóvel filma o tiroteio. O som dos tiros são nitidamente de armas do mesmo calibre. Mas a versão oficial informa que a polícia foi recebida com bombas, embora o vídeo de câmara parada não mostre nenhuma explosão.
O mais velho dos irmãos é preso (ou se entrega, ninguém sabe). E morre “a caminho do hospital”. Ou vocês pensavam que só bandido brasileiro morre a caminho do hospital depois de “intensa troca de tiros”.O irmão caçula, ferido, consegue escapar. Deixa um rastro de sangue, mas a polícia não segue as pegadas frescas. Desloca-se para uma pacata cidadezinha, Watertown para vasculhar a casa onde, afirmam as autoridades, viviam os irmãos. A essa altura, o telespectador já sabe que eles são estrangeiros. Vieram da sofrida Chechênia, país localizado numa região onde a morte chega pelas mãos das tropas de ocupação do Afeganistão. Ou, pela arma mais abjeta criada pela indústria armamentista dos Estados Unidos, o drone.
Os repórteres, âncoras e comentaristas se entreolham decepcionados. Por que Chechênia? Afinal de contas, Chechênia, é um país invadido pela Rússia. Seus imigrantes têm direito ao status de “refugiados”. Ou seja, os dois estavam fugindo do antigo inimigo número um dos EUA, a poderosa União Soviética. Um fantasma que por mais de cinco décadas povoou os pesadelos dos americanos. Não fazia sentido, bradavam os analistas e especialistas em Segurança e Terrorismo.

Helicópteros, carros antibombas, agentes com colete do FBI, Polícia de Boston, sirenes incessantes. A casa é cercada. São 10h30 da manhã de 19 de abril. A caçada fora iniciada doze horas antes. O movimento é acompanhado por centenas de jornalistas e canais de TV. As ruas da cidade foram fechadas. Ninguém entra ou sai. Os vôos, cancelados. Boston e seus arredores transformam-se em cidades sitiadas. “Estou no meio da guerra” dizia ao microfone um repórter da Fox News num cenário onde não se via carros ou pessoas.

Pé ante pé, rodeados por câmeras de grandes e pequenos canais de TV, batalhões de policiais, agentes do FBI, especialistas em desarmar bombas, helicópteros de guerra sobrevoam a pacata Watertown.
A âncora da Fox News baixa o tom de voz dramaticamente para dizer, “o procurado é uma pessoa de extrema periculosidade”. Ela está rouca e muito excitada. A polícia, qual seriado de TV, põe a arma em diagonal (nunca entendi porque as armas ficam na diagonal da mão quando a polícia busca criminosos). Chegam à casa onde viveriam os dois irmãos. Não se ouve nada. Nenhum som.
Frustração. Os policiais abandonam o interior a busca. E saem declarando que havia um verdadeiro arsenal dentro da casa vazia. E muitas bombas, algumas delas de alto poder destrutivo e que “exigem treinamento para sua fabricação". Não há imagens do arsenal.
Só um protesto diante da cena. A tia dos dois irmãos é advogada. Sem papas na língua. E vive no Canadá. Quando uma jornalista lhe pergunta o que acha do fato de seus sobrinhos terem bomba em casa, ela, voz firme, com forte sotaque do Leste europeu: “Evidências. Quero evidências de que havia bombas. Quem está informando sobre as bombas é o FBI e a CIA. Mas não há evidências”. E até agora as evidências continuam no anonimato.
Ninguém contesta a informação. Ninguém se pergunta por que os dois irmãos, “pessoas de extrema periculosidade” deixaram em casa bombas potentes e usaram uma outra de baixo impacto.“Necessidade de treinamento para a fabricação”. A frase, parece solta ao acaso. Mas não se iludam. É o primeiro passo, o primeiro elo com o “terrorismo” (leia-se “terrorismo islâmico”).
14h30min de 19 de abril. A caçada continua sem pistas da pessoa de “extrema periculosidade”. A essa altura, na cozinha da Fox News, a panela de pressão assovia. Na tela o sinal de “Alert”, ou seja, vem notícia bombástica (sem trocadilhos).
E, para um público que, passivamente se deixa impregnar pelo noticiário como se fossem gansos alimentados para que seus fígados engordem e se transformem em paté de “foie gras”, a voz que alicia multidões diz que…tchan…tchan…tchan, o mais velho dos irmãos passou “seis meses na Chechênia".
Que absurdo! Como é que um checheno tem a ousadia de passar seis meses na Chechênia, mesmo morando no país mais rico e poderoso do planeta? Isso é crime. É sinal explícito de militância terrorista.
Mas ainda não era tudo. Os ponteiros do relógio avançavam. A caçada ia a passos de um velho celacanto. Nessa época do ano, o dia invade a noite. Só se deixa vencer quando não mais consegue provar o poder do sol.
As tropas tomam outra direção. Agora procuram um barco ancorado na terra. Lá está um adolescente. Ferido. Sangrando.
São 19h30 em Boston e seus arredores. A claridade é suficiente para encontrar filhotes de esquilo em mata fechada. Os helicópteros continuam vasculhando céu, terra. As tropas do país mais armado do mundo parecem perdidas. O bombardeio da Fox News sobre os gansos repete exaustivamente as mesmas informações. Em tons de filme macabro ou novela policial, os âncoras se revezam em adjetivos. Os gansos estão quase a ponto de virar patê de foie gras, explodindo de ódio contra os seguidores do Alcorão.
A luminosidade cede lugar às primeiras escuridões. A Fox News, num tom solene anuncia que o aparato policial “avança com cautela” porque quer pegar o irmão sobrevivente “vivo”. Como se fosse uma grande concessão.
21 horas. Já é noite de 19 de abril em Boston, em Watertown, Miami, New York e Washington. Em Chicago ainda há luz. A escuridão impede imagens nítidas mesmo para câmeras poderosas. E… “cantemos ao senhor”, a pessoa de “extrema periculosidade” é capturada. Está ferida. Perdeu muito sangue por quase 24 horas. Debruçados sobre um corpo magro, os paramédicos impedem telespectadores de olhar a cara do “terrorista” que é levado para o hospital. Os helicópteros com luzes infravermelho retornam à base.
Cai a cortina. E, como em qualquer espetáculo teatral, o público aplaude os atores. Eles desfilam em seus carros com luzes que piscam vermelhas e azuis, os tanques antibombas passam sob um frenesi de uma sociedade que, desde 11 de setembro de 2011 vive a frustração por não ter conseguido caçar os terroristas que abalaram o orgulho nacional.
O espetáculo que se encerra com os habitantes de toda uma cidade carregando flores ou velas protegidas por saco de papel cantando “God save America. My home, sweet home/ God save America/ my home sweet home", numa verdadeira catarse nacional.
Dos 30 mortos no Afeganistão, entre eles, oito crianças, nenhuma linha até domingo, 21 de Abril, uma semana depois do massacre.

  * Drone (zangão)
Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT)

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Todos os Dias Nascem Deuses, Alguns Maiores e Outros Menores do que Você...

 

Valeu a pena esperar pouco mais de três anos!!!
Desde que saiu o primeiro vídeo.
 
De forma inconsciente ou não  o diretor tomou como homenagem/referência para a personagem, Tibicuera de Érico Veríssimo.

A qualidade técnica não deve nada para as animações internacionais, pensei que daria um foco maior na ditadura, mais por em evidência a Balaiada foi show de bola, pois é uma das muitas historias mal contada que aprendemos na escola.

As quatros estórias são bem amarradas e as transições temporais entre elas são excelentes, geralmente o que acontece com animações/filmes com varias passagens de tempo é, acabou a cena e já pula direto para o novo enredo.

A voz do pajé caiu como uma luva para o ator Bemvindo Sequeira, falando nisso, quem curte dublagem vai reconhecer muitas das vozes secundarias.

A princípio não gostei de ouvir a música No Olimpo da Nação Zumbi nos creditos finais, entretanto analisando bem, faz todo o sentido ouvi-la após conhecer as aventuras e desventura de Abeguar.

OBS: A última cena do arranha-céu nos remete ao mesmo ponto da cena inicial da caça à onça.