terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

E Lá vamos nós...


Ouroboros*

Fernanda Queiros
O tempo não se mede
é absoluto
não vai para frente ou para trás
quem lhe põe tracinhos somos nós
cheios de necessidades curvar a reta ao círculo
e driblar o símbolo da morte
pelo nascer, morrer, renascer
por isso seguimos a lua
as rotações dos planetas
o ciclo das 24 horas
ano novo é um ritual
que todo ser humano precisa
para colocar no calendário
a higiene da alma, o abandonar das falhas
o crescer das qualidades
engraçado a gente
só podemos evoluir quando ligamos o ponto do fim ao começo

* Aquele(a) que devora a própria cauda

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